Além de ser obcecado por cangaceiros e câmera trêmula, Glauber Rocha também era louco por teorias conspiratórias. Entre as várias viagens que assaltaram a mente do cineasta, uma delas é de que a América Latina era vítima de um certo Projeto Camelot, arquitetado pela CIA. Segundo Glauber, o movimento hippie, os gays, a militância ecológica e a política do corpo eram financiados, incentivados, e fabricados, pelos Estados Unidos, para destruir o potencial revolucionário do Terceiro Mundo. No livro Patrulhas Ideológicas (Ed. Brasiliense, 1980) Glauber solta o texto: “A opção hippie era a opção da CIA programada para o Brasil (...), para transformar maoístas guerrilheiros em hippies drogados,. Foi a luta da granada contra o rock.”
Glauber talvez estivesse experimentando o mesmo tipo de delírio que acometia os personagens de seus filmes, mas ele não foi o único a relacionar o movimento hippie a CIA. Existem provas de que a organização financiou a produção de LSD na Califórnia, nos anos 60.
A denúncia de que o movimento hippie era um projeto de alienação cultural criado dela CIA sempre fez parte do repertório da esquerda clássica. Quando o Partido Comunista Brasileiro protestava contra a guitarra elétrica é porque temia que o rock’n roll destruísse a mestre dos jovens do país, e vamos reconhecer em partes que ela teve seu lado Mãe Dinah.
Glauber talvez estivesse experimentando o mesmo tipo de delírio que acometia os personagens de seus filmes, mas ele não foi o único a relacionar o movimento hippie a CIA. Existem provas de que a organização financiou a produção de LSD na Califórnia, nos anos 60.
A denúncia de que o movimento hippie era um projeto de alienação cultural criado dela CIA sempre fez parte do repertório da esquerda clássica. Quando o Partido Comunista Brasileiro protestava contra a guitarra elétrica é porque temia que o rock’n roll destruísse a mestre dos jovens do país, e vamos reconhecer em partes que ela teve seu lado Mãe Dinah.
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